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A luta pela terra no Mato Grosso do Sul

  • Foto do escritor: tremdopantanal
    tremdopantanal
  • 22 de jun. de 2023
  • 2 min de leitura

22 de junho de 2023

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Na história do Brasil, terra é sinônimo de poder. A luta pela terra nos dias atuais carrega tensões e marcas de uma história inacabada, em que passado e presente se misturam, entretanto, a histórica concentração de terras nas mãos de poucos permanece.

Após quase 40 anos da ocupação, trabalhadores, camponeses e indígenas ainda estão engajados em movimentos sociais lutando pela conquista de frações do território.

Atualmente, no Mato Grosso do Sul, existem diversos grupos de luta pela terra, os quais podemos destacar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura em Mato Grosso do Sul (FETAGRI) e o Movimento Sul-Matogrossense de Agricultura Familiar (MAF).

No estado do Mato Grosso do Sul, a ocupação da fazenda Santa Idalina, no município de Ivinhema (MS), em abril de 1984, marcou a luta pela terra no Estado e colaborou para a formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Em julho de 2017, cerca de 260 famílias de militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, o MST, ocuparam uma área em frente à fazenda Correntes, no município de Dois Irmãos do Buriti, as margens da MS 162. O acampamento contava com militantes que vieram de outros municípios, principalmente de Ivinhema, no Mato Grosso do Sul. Gente simples, honesta e trabalhadora, como o Sr Silvério e a senhora Maria, conhecida como “Maria do Acampamento”, que participaram da ocupação da fazenda Correntes e ainda hoje sonham com um pedaço de terra para plantar e viver.

Dona Maria recorda que a fazenda Correntes, chegou a ser adquirida pela Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o INCRA, porém devido a um desencontro devido ao valor a ser pago pela área não foi concretizado. A compra da fazenda chegou a ser publicada no Diário Oficial da União e divulgada em diversos jornais.

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Em 2019, após um acordo, os acampados da Fazenda Correntes desocuparam o local e foram para o acampamento Piúva 6, onde hoje residem aproximadamente 40 famílias, que tiram do pequeno pedaço de chão seu sustento e de suas famílias e esperam sem perder a esperança, que com o novo governo o tão sonhado dia de serem assentados chegue logo.

Nos últimos meses vimos o surgimento de pelo menos quatro novos acampamentos em MS, porém políticos ligados ao presidente Lula alegam que os novos acampamentos não são reflexo direto da gestão de Lula, e sim uma demanda reprimida de vários anos que não se assenta uma família no Estado. Afirmam ainda que é “natural que no Governo do Lula os Acampados criem esperança”. Além disso, pontuam que o acampamento é ‘uma forma de pressão’, que naturalmente obriga o governo a encontrar saídas para atender essas famílias.

Trem do Pantanal

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