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Protestos contra Evo Morales fecham a fronteira entre Brasil e Bolívia

  • Autor: Erik Silva - Folhams.com.br
  • 6 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura

Bloqueio interrompe o trafego de veículos na linha internacional

Manifestantes fecham acesso de veículos na fronteira com o Brasil

Corumbá (MS)- Cidadãos bolivianos e organizações dos comitês cívicos de Puerto Quijarro e Arroyo Concepcion, fecharam desde a madruga desta quinta-feira (6), a fronteira entre a Bolívia e o Brasil.

O ato que ocorre na linha internacional sobre a Ponte da Amizade que divide as cidades de Corumbá e Puerto Quijarro, é em protesto a decisão do Tribunal Superior Eleitoral boliviano que na última semana aprovarou uma determinação que autoriza o atual presidente Evo Morales, a disputar mais uma vez a reeleição presidencial no país, contrariando a decisão popular que em referendo realizado no mês de fevereiro de 2016, rejeitaram a proposta.

O protesto chamado no país de “El Paro”, é uma espécie de greve, uma paralização geral que ocorre em todo país.

Veículos leves e de carga não podem entrar ou sair da Bolívia e o trânsito dentro do país também é limitado já que há relatos de bloqueios sendo realizados também nas principais rodovias da Bolívia.

“Precisamos continuar lutando pela democracia em nosso país, as autoridades precisam entender que a vontade do povo tem de ser soberana e Evo, respeitar a vontade da população que disse não a sua reeleição no referendo de 21 de fevereiro de 2016”, disse o presidente do comitê Cívico de Puerto Quijarro Marcelo Moreira.

Presidente do Comitê Cívico de Puerto Quijarro,

Marcelo Moreira / Fotos: Erik Silva

Para o presidente do Comitê Cívico de Arroyo Concepcion, Antônio Chavez, a decisão do TSE é um desrespeito ao voto popular.

“O governo precisa entender que a Bolívia disse não e essa vontade é soberana e estamos aqui dispostos a protestar pelo tempo que for preciso para que nossa decisão seja respeitada”, afirmou.

Os protestos ocorrem em todo país, desde a Santa Cruz de La Sierra até aos municípios por onde passam as principais rodovias bolivianas.

A paralisação atinge todos os setores econômicos e sociais do país, com o fechamento dos comércios, instituições públicas e sociais.

Em Santa Cruz de La Sierra e La Paz, duas das principais cidades da Bolívia, os manifestantes prometem ainda fazer greve de fome e levar o protesto pelo tempo que se fizer necessário, mas de forma pacífica.

“Vamos fazer desta greve o maior sinal de protesto, vamos fazê-lo com força e firmeza, mas com a cautela necessária para não entrar em confronto”, explicou o Presidente da Comissão Cívica de Santa Cruz, Fernando Cuellar.

Entenda a decisão do TSE

O Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia autorizou, nesta terça-feira (4), a candidatura do presidente do país, Evo Morales, para as primárias prévias visando as eleições de 2019. Apesar da oposição tentar evitar de que ele participe do pleito, Morales tentará se eleger para o quarto mandato consecutivo.

O órgão eleitoral decidiu em reunião de emergência, realizada no final da noite, a permissão para que Morales e o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, fossem candidatos para as primárias de janeiro de 2019.

Em um comunicado à imprensa, onde não foram aceitas perguntas dos jornalistas, a presidente do tribunal, María Cristina Choque, comunicou a decisão de permitir várias candidaturas, entre elas a de Morales, para as primárias do próximo dia 27 de janeiro, prévias às eleições gerais de outubro de 2019.


 
 

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