Boliviana sobre voo da Chape: "fui ameaçada de morte como se fosse culpada"
- tremdopantanal

- 3 de jan. de 2017
- 3 min de leitura

A funcionária da AASANA (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea) que revisou o plano de voo da Chapecoense em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) e que está refugiada no Brasil, Celia Castedo, deu sua primeira entrevista após pedir refúgio no país e contou sobre o dia em que recebeu o plano da Lamia para o voo com o elenco da Chapecoense e jornalistas que seguiam para Medellín (Colômbia). A boliviana ainda contou o motivo de ter pedido refúgio no Brasil.
Em entrevista ao SporTV, Celia apareceu com um papel que seria uma cópia do plano de voo da Chapecoense, na qual mostra os cinco pontos considerados equivocados no plano de voo da Lamia, mas ressalta que sua função não era de impedir que a aeronave decolasse, que o procedimento feito pela "AASANA não passa de formalidade".
"A minha função é revisar minuciosamente o plano de voo para dar ao piloto ou ao despachador da linha aérea. Minhas observações foram feitas em cinco lugares. Em rota, alternativa, em autonomia, em terminar de preencher sobre a cor da aeronave e a parte onde deveria estar o nome do despachante. O combustível era exatamente o tempo da rota. Mas isso é claro que a parte de informação suplementar é de conhecimento somente da empresa aérea. A parte operacional, só a linha aérea pode mudar. Não podemos pedir uma mudança para que mudem diretamente. Somente eles é que sabem os pesos da aeronave, etc. não tinha como impedir o voo. Recebemos o plano de voo como uma formalidade do documento de voo", disse Celia Castedo.
Celia ainda explicou o motivo de ter pedido refúgio no Brasil: sentiu-se ameaçada na Bolívia. "Porque na Bolívia me subtraíram todos os direitos, não me deram tempo para me defender. Fui acusada duas vezes na mesma tarde. Na Bolívia não me deram oportunidade de me defender, me sentia ameaçada", comentou.
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"No dia depois do acidente eu recebi ameaças escritas, de morte, como se eu fosse a culpada do acidente. Me assustei muito quando recebi essas ameaças. Estão me acusando diretamente de algo que sou inocente e estão me ameaçando sem saber a minha verdade e esclarecer para as pessoas que sou inocente. Sei que as pessoas reagem de forma emocional, mas aos poucos se deram conta que eu não sou culpada", relembrou a boliviana.
O advogado que defende Celia, Guido Colque, contou como estava a situação de sua cliente na Bolívia. "Na Bolívia não há segurança jurídica, o direito à defesa da senhora Célia foi negado. Por isso foi feito processo administrativo, e horas mais tarde se apresenta uma queixa crime no Ministério Público para metê-la presa. Na Bolívia há duas instituições: uma é a DGAC (Direção Geral de Aviação Civil da Bolívia) e a outra é a AASANA. A AASANA só opera serviços de aeroporto. Quem dá permissão para voo é a DGAC. As autoridades e o governo boliviano deviam investigar a DGAC".
